quarta-feira, 13 de outubro de 2010

As melhores coisas do mundo.

Este final de semana, que foi um belo feriadão de muito frio, assisti ao filme "As melhores coisas do mundo," que gira em torno dos conflitos de um adolescente. Filme muito bem feito, equilibrado e que no finalzinho nos solta a pérola: "Não é impossível ser feliz depois que crescemos, só é mais complicado." Essa frase botou a cabecinha de Salsicha pra girar e, observando bem, já notaram que na verdade a gente nunca sai dos dilemas da adolescência? A busca pela mulher ideal, pelo emprego que satisfaz nossas ambições, por ser reconhecido e respeitado só vão se repetindo em expirais quase infinitas. O que falta cega para o que já se tem e seguimos buscando, buscando, a cabeça sempre está no amanhã, na próxima conquista, no que virá depois, todo tempo parece pouco e quando vamos perceber os 30 já se foram e as dúvidas continuam exatamente as mesmas.
Péssimo isso não? Depende do ponto de vista. E se a busca for parte da condição de humano?
Longe dessa cabecinha de Salsicha querer ser conselheiro ou sabe tudo, notei que o importante é aprender a conviver com a inquietude, com a insatisfação. Há muitas respostas que não vamos saber nunca, mas na busca vamos aprender tantas outras, que vale a pena a curiosidade. Se a dúvida faz parte da condição de humano, aprender e evoluir também são partes integrantes do pacote, descobri também que não adianta tentar impor verdades, a maioria das descobertas valem só para quem chega à elas e o caminho do conhecimento não tem bancos em fileiras, é um caminho solitário, as águias não voam em bando e quanto mais alto for o vôo mais solitário ele será.  Pedrinho, com 6 anos já leu mais de 60 livros, tem gente com mais de 60 que ainda não leu 6. Mas o importante é que com 6 ou 60, tendo lido 60 ou 6, ambos tenham a curiosidade suficiente para levantar a cada dia e buscar o que virá depois.

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