quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Protesto contra a mulherada

Não sei se vão concordar comigo, mas uma das coisas que mais irritam essa Salsicha que vos fala, ao lado de gente que começa as frases com "Deixa eu te falar", é mulher sem convicção na hora de vestir.
Se por um lado a população está cada vez maior, e eu falo aqui no sentido de mais pesada, a moda caminhou em sentido contrário, talvez para economizar tecido, faz modelitos cada vez menores. O cós das calças diminuiu tanto que alguns terminam onde começa a indecência e dá-lhe cofrinho de fora, as blusinhas encolheram, encolheram, já não conseguem mais alcançar a calça, e dá-lhe pneu à mostra, das mais variadas circunferências. Até aí tudo bem, a mim não incomoda a visão de um cofrinho ou de um pneuzinho. Sem problema. O que irrita mesmo é quando a mulher compra uma roupa menor que ela e tenta se cobrir com o que não há, e aí é um tal de puxa a blusinha pra baixo pra tampar o pneu, escapa o peito, puxa a blusinha pra cima pra esconder o peito, aparece o pneu, puxa a calça pra cima pra esconder o cofre e começa tudo de novo, eita, que vida!!! kkkk Na minha sala tem uma figura que passa quatro horas por noite com a mão pra trás tampando o cofrinho, coitada, vai acabar ficando com a coluna torta. Já outra, de vez em quando vem com umas calças de cintura baixíssima, aí debruça e a calcinha escapa, normalmente é daquelas que nossas mães não usariam,  não consigo mais concentrar na aula, rsrs, gente, que dureza!!
Enfim, com pneu ou sem, com cofrinho à mostra ou não, com peito escapando ou escondidinho o que vale mesmo é a convicção e conselho de Salsicha, mulherada: Se não tem convicção no próprio corpo, compre uma BURCA!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O Forró do Luciano

É meus amigos, quando eu digo que essa vidinha de Salsicha dá um livro não é exagero. Vejam essa: ontem a noite meu fígado resolve se rebelar contra mim, e ele não é um cara fácil de se lidar, sei dizer que eram duas horas da manhã e a cabeça explodindo, uma dipirona, outra e nada, o estoque dos comprimidinhos que me acompanham sempre acaba e eu desesperado apelo para a ajuda do grande amigo porteiro Zé, também acho inusitado, claro, mas na hora do desespero vocês sabem, qualquer coisa é valida. Interfonei para a portaria para ver se por acaso havia uma caixa de primeiros socorros com uma dipironazinha perdida por lá e não havia, estranhei o volume do som que estava rolando e perguntei:
-Zé, você tá dando um baile aí?
Para meu azar acho que o figura já estava meio "alto" e resolveu abraçar a minha causa. Como eu estava bem mau mesmo para sair na rua aquela hora procurar uma farmácia,  aceitei o oferecimento e quando desci ele já estava esperando com o carro ligado. Comecei a desconfiar que algo estava errado quando ao invés de ir em uma farmácia 24hs que tem na avenida da minha casa mesmo ele foi pra um bairro vizinho, bem, até aí sem problema, qualquer farmácia é farmácia e pra garantir assim que paramos eu mandei logo pra baixo um flaconete para o fígado e duas dipironas para a cabeça (detalhe, eu já havia tomado duas dipironas em casa, estava em um ponto muito perto de uma overdose). Tudo que eu queria então era voltar pro meu cantinho e ficar no escuro até que a dor passasse, mas foi nesse momento que a coisa começou a degringolar, o que o figura queria mesmo era dar uma fugida do trabalho e passear em plena noite, ligou o som bem alto (vejam que falta de noção, com uma pessoa com a cabeça estourando ao lado) e sob o pretexto de não vou te levar pra casa desse jeito  foi indo para os lados de um bairro que eu só conhecia até então pela letra de uma música dos Racionais, Jova Rural, sem preconceito com o lugar nem com ninguém já que acho que o porteiro Zé é um baita cara, mas gente, relôú, eu só queria ir pra casa ficar no escuro quietinho e caí nessa armadilha.  Resumindo a historia, ele me mostrou a casa dele, o posto policial, o lugar onde vai ser o posto de saúde e até o Forro do Luciano que por sorte estava fechado senão a minha dor de cabeça teria ido parar em um bate-coxa no meio da madrugada. Uma hora depois, ainda estavamos passeando pela noite de São Paulo, percebi que a cabeça pesava uma tonelada, mas a dor havia passado e finalmente avistei meu prédio se aproximando como um porto salvador, é isso mesmo, tava tão grogue que era o prédio que se aproximava e não nós dele. Abri um sorriso. Mais tarde, enquanto tomava um chá de cidreira que uma alma caridosa deixou na minha despensa, fiquei cismando sobre como tudo que está ruim pode piorar, não acham?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

As melhores coisas do mundo.

Este final de semana, que foi um belo feriadão de muito frio, assisti ao filme "As melhores coisas do mundo," que gira em torno dos conflitos de um adolescente. Filme muito bem feito, equilibrado e que no finalzinho nos solta a pérola: "Não é impossível ser feliz depois que crescemos, só é mais complicado." Essa frase botou a cabecinha de Salsicha pra girar e, observando bem, já notaram que na verdade a gente nunca sai dos dilemas da adolescência? A busca pela mulher ideal, pelo emprego que satisfaz nossas ambições, por ser reconhecido e respeitado só vão se repetindo em expirais quase infinitas. O que falta cega para o que já se tem e seguimos buscando, buscando, a cabeça sempre está no amanhã, na próxima conquista, no que virá depois, todo tempo parece pouco e quando vamos perceber os 30 já se foram e as dúvidas continuam exatamente as mesmas.
Péssimo isso não? Depende do ponto de vista. E se a busca for parte da condição de humano?
Longe dessa cabecinha de Salsicha querer ser conselheiro ou sabe tudo, notei que o importante é aprender a conviver com a inquietude, com a insatisfação. Há muitas respostas que não vamos saber nunca, mas na busca vamos aprender tantas outras, que vale a pena a curiosidade. Se a dúvida faz parte da condição de humano, aprender e evoluir também são partes integrantes do pacote, descobri também que não adianta tentar impor verdades, a maioria das descobertas valem só para quem chega à elas e o caminho do conhecimento não tem bancos em fileiras, é um caminho solitário, as águias não voam em bando e quanto mais alto for o vôo mais solitário ele será.  Pedrinho, com 6 anos já leu mais de 60 livros, tem gente com mais de 60 que ainda não leu 6. Mas o importante é que com 6 ou 60, tendo lido 60 ou 6, ambos tenham a curiosidade suficiente para levantar a cada dia e buscar o que virá depois.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Mostra ou esconde?

Meninos,

O seu prezado Salsicha hoje está com um grau de acidez beirando 10.0, mesmo assim, tem algumas idéias rondando já há alguns dias e antes que elas se percam, vamos registrar, perdoem-me se não sair grande coisa, nem sempre o boi está gordinho para o carrapato sugar afinal.
Quando surgiram os blogs, alguns amigos aderiram e viviam me pentelhando com novos posts e "botei uma coisinha lá, dá uma olhada" ou "tem novidade no meu blog" essas coisas que aposto como todo mundo já deve ter recebido. Eu sempre pensei: -Pô pra que botar uma coisa no ar que você precisa pra mantê-lo vivo ficar pentelhando as pessoas para visitar?
Algumas pessoas sempre diziam que eu tenho idéias interessantes e devia divulgá-las, criar um blog e eu acabei fazendo isso. Na época da criação eu fiz a mesma coisa que condenava,  pentelhei alguns amigos e conhecidos para que visitassem, depois acabei desistindo e o meu tornou-se o primeiro blog assumidamente oculto   rsrs. E cá está ele, você só está lendo isso por puro acidente. Entretanto sabem que é superlegal ter um espaço pra botar as idéias, protestar, tocar fogo, sei lá, mesmo que seja só pra algum navegante perdido? Isso quer dizer que o espaço do Salsicha vai continuar existindo apesar do dono não divulgá-lo, vai que um dia eu viro uma celebridade não é? Já tenho as idéias registradas para a posteridade.
Segundo ponto que essa cabecinha irrequieta não deixa de cismar, as redes sociais, por tocar no assunto, já notaram que o Orkut traz cada vez menos espaço para idéias escritas e mais espaço para imagens? Reflexo da nossa cultura de cada vez ler menos e uma pitada de imitação do Facebook também, diga-se kkkk. Eu tinha o Orkut para congregar amigos e caçar mulheres, aí inventaram o Facebook que é dito mais profissional, nem todos o usam assim, mas..... Essa semana minha chefe praticamente me obrigou a fazer também um Linked In porque é profissional e todo mundo das empresas está... etc etc etc, criei mais um, agora de manhã eu tenho que ver o e-mail do ig, ver as janelinhas piscantes do msn, os recados do orkut, os contatos do facebook e os do Linked in, genteee, daqui a pouco vamos viver de network e não vai mais ter tempo pra trabalhar kkkk. Isso porque eu ignorei os convites do Badoo, do Shtyle e mais uns três ou quatro aí que eu nem lembro o nome, mas a função é a mesma, não são a Nokia mas estão aí pra  "conecting people" Aí o Salsicha pergunta mais uma vez, e esse Salsicha parece criança que faz aquelas perguntas que derrubam a mãe:
-Pra que é que serve esse tal de Networking?
 A reposta de mãe:
- Para conhecer pessoas, fazer contatos, fazer negócios, arrumar empregos..
-Ah tá, pensei que era pra fazer amizades.
-Veja, nem todos do seu network são seus amigos.
-Se não são meus amigos, por que podem ver minha vida, saber o que eu faço?
-Porque você vai precisar desses contatos pra fazer aquelas coisas que já te disse, negócios, empregos e tal..
-Hum, e não tem como só fazer Network com quem eu gosto de verdade?
-Não menino, e pára de me encher senão te boto de castigo.
E o pobre Salsicha continua pensando e fica sem uma resposta final....
Tudo bem, eu só queria te convidar a pensar comigo.
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