segunda-feira, 4 de setembro de 2017

São Paulo, Salsicha loves you!

A Paulista fechada para o lazer no domingo é realmente uma festa da pluralidade cultural, tem jazz, rock, forró e até música clássica,  tem o pessoal da zumba agitando a galera. Os esquerdinhas vão protestar contra qualquer coisa, os trombadinhas vão para roubar os iPhones deles e a policia vai, para se tiver oportunidade, descer o sarrafo em alguém. As meninas colocam sua menor roupa fitness e vão desfilar. Quem tem cachorro da moda vai pra exibir, quem tem vira lata vai mostrar que é alternativo. Os evangélicos vão pregar o arrependimento, os ripongas vão fumar maconha porque a Paulista é linda. Tem dogão, churrasquinho de gato, lanche natural e até yakissoba coreano de carne de cachorro. E no meio dessa bagunça toda, Salsicha vai pra pedalar e contar pro ceis  que não há como não amar essa cidade!

Não vai ter golpe

Hoje faz um ano do #nãovaitergolpe e aí surge automaticamente a pergunta: -O país está melhor? Em alguns aspectos sim, em muitos outros não. O mercado está mais animado, o emprego começa timidamente a se recuperar. Por outro lado, abundam as obras públicas superfaturadas e inacabadas, o povo continua sofrendo e morrendo nas filas dos hospitais, sendo enganado e roubado por políticos (e agora juristas) que não nos representam. A classe média não existe mais. Ainda não temos um presidente de fato. Mas é o sistema parceiro, e como diz o Capitão Nascimento, o sistema é foda. O representante máximo da nação continua nos fazendo passar vergonha na comunidade internacional, mas suas abobrinhas recheadas de mesóclises são declinadas com muito menos graça que os espirituosos discursos de nossa Ex-Standupper-Presidenta, e ao brasileiro resta o mesmo de sempre, esperança, cada vez mais apática e com menos fé. Se você leu até aqui, desculpe o desalento do Salsicha, mas é que é difícil fazer gracinha o tempo todo, principalmente quando se vive num país cujo futuro parece  igual ao horizonte deste dia, cinzento.