Estou estranho hoje, fomos à represa de manhã, não estava bom. Voltamos, almoçamos, troquei as cordas do violão, não ficou bom. Todo mundo saiu e eu fiquei olhando o neném dormir. Deitei na rede, me senti tão mal, tão só.
Batendo todo o peso de uma vida errante, chorei.
Sem flutuar e sem tocar o fundo, sempre só.
29/12/2007
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
O problema é que nunca estamos lá.
Tenho uma colega de sala que passa a maior parte do tempo no whats app e eu
sempre brinco com ela dizendo: -Fica
aqui com a gente hoje. – e nunca tinha parado pra pensar nisso, mas já notaram
como nossa cabeça está quase sempre no próximo lugar onde o corpo vai estar? Se
estamos no trabalho estamos pensando na aula, depois quando na aula pensamos em
casa e quando em casa o cérebro já está antecipando o dia seguinte. Essa
ansiedade de viver o próximo, estar sempre com o pensamento em outro lugar nos atrapalha de curtir o momento presente e
acabamos perdendo a plenitude das coisas, vivemos tudo parcialmente, então tio
Salsicha não vai esticar muito a prosa hoje, mas fica a dica: foca no agora e
curta o momento, o depois vai acontecer, mas só depois.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Meu amigo das ruas
Salsicha ontem teve uma lição da vida que gostaria de dividir com as pessoas especiais que frequentam esse cantinho virtual.
Precisei levar o notebook para a aula e quando estava voltando, cheguei no ponto de ônibus que demorou pra caramba, tinha um morador de rua sentado no ponto, negro, os olhos vermelhos, uma mala ao lado, não dava para identificar a princípio se estava alcoolizado ou drogado (como se o álcool não fosse droga) e confesso que fiquei com medo e mantive uma distância respeitável. Ele me olhou e pediu uma ajuda, eu disse: -Não tenho. - estava bronqueado com a vida por algumas coisas que aconteceram nos últimos dias e não vem ao caso agora - mas aí bati a mão no bolso e lembrei que o troco do lanche estava lá, apenas algumas moedas, eu ainda meio na defesa, mas ele virou pra mim e disse: - Sabe o que é, vou ser sincero, eu tô a fim de tomar um álcool. - eu ri, me desarmei, dei as moedas pra ele e sentando ao lado comecei a puxar papo. Ele me contou que anda por São Paulo todo, com as notícias da crise hídrica foi até a cantareira para conferir, me falou que às vezes visita a mãe, onde fica, como faz pra resolver coisas básicas da vida nas ruas, como tomar banho, me contou até que votou na última eleição e eu dando corda e ele falando. Depois de alguns minutos, abriu a mala, pegou uma bermuda e queria de qualquer jeito que eu a aceitasse como presente. Foi nessa hora que Salsicha tomou uma bela bofetada da vida, chegou com medo, temendo perder alguma coisa que tinha na mochila e no fundo o pobre só queria um pouco de atenção, uma conversa, e com alguns minutos já queria dividir o quase nada que tinha. Delicadamente para não ofendê-lo recusei o presente, o ônibus chegou e segui meu caminho com cara de quem passou uma bela vergonha, não vou esquecer tão cedo esse novo amigo das ruas.
Precisei levar o notebook para a aula e quando estava voltando, cheguei no ponto de ônibus que demorou pra caramba, tinha um morador de rua sentado no ponto, negro, os olhos vermelhos, uma mala ao lado, não dava para identificar a princípio se estava alcoolizado ou drogado (como se o álcool não fosse droga) e confesso que fiquei com medo e mantive uma distância respeitável. Ele me olhou e pediu uma ajuda, eu disse: -Não tenho. - estava bronqueado com a vida por algumas coisas que aconteceram nos últimos dias e não vem ao caso agora - mas aí bati a mão no bolso e lembrei que o troco do lanche estava lá, apenas algumas moedas, eu ainda meio na defesa, mas ele virou pra mim e disse: - Sabe o que é, vou ser sincero, eu tô a fim de tomar um álcool. - eu ri, me desarmei, dei as moedas pra ele e sentando ao lado comecei a puxar papo. Ele me contou que anda por São Paulo todo, com as notícias da crise hídrica foi até a cantareira para conferir, me falou que às vezes visita a mãe, onde fica, como faz pra resolver coisas básicas da vida nas ruas, como tomar banho, me contou até que votou na última eleição e eu dando corda e ele falando. Depois de alguns minutos, abriu a mala, pegou uma bermuda e queria de qualquer jeito que eu a aceitasse como presente. Foi nessa hora que Salsicha tomou uma bela bofetada da vida, chegou com medo, temendo perder alguma coisa que tinha na mochila e no fundo o pobre só queria um pouco de atenção, uma conversa, e com alguns minutos já queria dividir o quase nada que tinha. Delicadamente para não ofendê-lo recusei o presente, o ônibus chegou e segui meu caminho com cara de quem passou uma bela vergonha, não vou esquecer tão cedo esse novo amigo das ruas.
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Whatsapp with you humanity?
Salsicha tem recebido críticas por não ser usuário do Whatsapp,
e em um rasgo de coragem resolve se defender: há não muito tempo, li um artigo
de uma neurologista estudiosa das novas gerações conectadas, onde ela afirmava
que a única forma de reverter esse vício que as crianças e adolescentes
desenvolveram por smartphones e internet, é produzir um mundo desconectado mais
interessante para eles do que o virtual, ora, o mundo de Salsicha é muito mais
interessante que aquela telinha de duas polegadas, pois sim, tem espaço, verde,
movimento, sons, pessoas, risadas, abraços, latidos, roncos de motor, música, livros, é
cheio.
Ontem fui almoçar com três coleguinhas aqui do trabalho e
elas sem a menor cerimônia mergulharam cada qual no seu celular, em poucos
minutos já haviam desistido de conversar
e Salsicha foi pensando: -ora, o que pode haver em uma cabecinha dessas
que acha que essa telinha aí seja melhor do que conversar? Nada. Desistiu
também de falar.
De qualquer forma, é muito triste o caminho que esse nosso
mundinho tem trilhado, apartamento, internet, tédio... Será que tem volta?
Salsicha não sabe, mas continua preferindo a vida ao ar livre, e sem Whatsapp.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Alegre... triste... feliz... triste?
Salsicha ainda preso na semântica das palavras cismou com
mais um senso comum. As pessoas tendem a
achar que as pessoas tristes são infelizes, pensam que as palavras são
sinônimas, ora, Salsicha mesmo é uma
pessoa de espírito triste, mas nem por isso é infeliz. É um erro comum
confundir as quatro palavras e sentimentos.
A pessoa ser alegre ou triste demonstra um traço de sua personalidade, é
algo interior. Há muita criança triste, assim como também há muita criança alegre, normalmente
as tristes são mais introspectivas, com mais vida interior, enquanto as alegres
são mais expansivas, comunicativas, já a felicidade ou infelicidade são
sentimentos causados por uma condição externa de vida, vem de fora, há muita gente alegre que é infeliz, e muita
gente triste que é feliz dentro de sua tristeza, então fica o ensinamento do
dia de Titio Salsicha, o oposto de alegria é tristeza, e o oposto de felicidade
não é tristeza, é infelicidade.
quinta-feira, 27 de março de 2014
O oposto do amor.
“O oposto do amor não é o ódio, é a indiferença”, ouvi essa
esses dias e achei legal, vou desenvolver para os amiguinhos que visitam esse
espaço. O amor e o ódio são sentimentos irmãos, tanto é que um pode virar o
outro em uma fração de segundos, em uma atitude apenas. Quando você odeia uma
pessoa você a percebe, ela te incomoda, por isso o oposto do amor é a
indiferença, mas não aquela indiferença que você finge para que a pessoa saiba
que você a está ignorando, falo daquela indiferença que faz você não perceber
que a pessoa existe, se está ali não te incomoda e se não está você nem nota e
assim como o amor é um sentimento de mão única, você pode ser indiferente até
mesmo a uma pessoa que te ame e vice versa, aliás, isso também é freqüente e incomoda
demais, mas ninguém pode obrigar ninguém a amar ninguém, não é mesmo? E aí já é
outra história...
segunda-feira, 24 de março de 2014
Behind brown eyes
Hoje Titio Salsicha quer apenas cantar uma musiquinha para vocês porque tem dias em que as noites não são fáceis....
No one knows what it's like, to be the bad man
To be the sad man, behind brown eyes
No one knows what it's like, to be hated
To be fated, to telling only lies
To be the sad man, behind brown eyes
No one knows what it's like, to be hated
To be fated, to telling only lies
But my dreams they aren't as empty
As my conscience seems to be
I have hours, only lonely
My love is vengeance, that's never free
As my conscience seems to be
I have hours, only lonely
My love is vengeance, that's never free
No one knows what it's like, to feel these feelings
Like I do, and I blame you
No one bites back as hard, on their anger
None of my pain or woe, can show through
Like I do, and I blame you
No one bites back as hard, on their anger
None of my pain or woe, can show through
But my dreams, they aren't as empty
As my conscience seems to be
I have hours, only lonely
My love is vengeance, that's never free
As my conscience seems to be
I have hours, only lonely
My love is vengeance, that's never free
When my fist clenches, crack it open
Before I use it and lose my cool
When I smile, tell me some bad news
Before I laugh and act like a fool
Before I use it and lose my cool
When I smile, tell me some bad news
Before I laugh and act like a fool
And if I swallow anything evil
Put your finger down my throat
And if I shiver, please give me your blanket
Keep me warm, let me wear your coat
Put your finger down my throat
And if I shiver, please give me your blanket
Keep me warm, let me wear your coat
No one knows what it's like, to be the bad man
To be the sad man, behind brown eyes
To be the sad man, behind brown eyes
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Parenthesis
For the guys who use to read my blog I ask for apologises
but today I’will make a parenthesis to register something not funny or ironic
as you use to see here. This is for someone
and to register my feelings, cause of this I’m writting in english, just
for this person.
I realized that you was looking for some reason to hate me and
at first I thought in justify me but I realized that the only way for you back
to home was hating me. So I stopped to deffend me and let you think the worst
about me. Is so sad to know that there is someone hating me and thinking that I’m a bad guy but peharps this is the only way of put things
back in order. I don’t know if someday I’ll find you again and talk about that,
make things clear but I really don’t care, for me is more important now to put you in the right way again and give
you the chance of being happy with the
right guy. Sorry...
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