sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Questão de educação.

Como diria meu boss: - Meus amores, perdoem o silêncio do Salsicha nos ultimos dias, questões do coração deixaram-no mudo e apático, felizmente esta semana pintaram algumas razões pra sorrir e a acidez habitual tão já vossa conhecida reapareceu.
Isso aqui tá virando meio que um balcão de reclamações, mas vocês sabem como é, as situações acontecem, dá vontade de escrever e eu escrevo... rs... simples assim.
O assunto que inquieta  no momento: educação em espetáculos.
Salsicha é um cidadão que gosta de música em quase todas as suas vertentes mas parece que as pessoas chatas o perseguem, sempre tem alguém por perto, no meio de um concerto querendo conversar, abrir bala, arrumar as coisas na bolsa, ter ataque de tosse e essas coisas que nos despertam o instinto assassino.
Salsicha participa do coral da faculdade e vejam a cena que se desenrolou ontem: 1º Encontro de Corais, o nosso era o segundo a se apresentar, aguardamos sentadinhos no auditório a primeira apresentação e a ordem era entrar no palco pelo corredor lateral, fazer a apresentação, sair pelo camarim e retornar (quem quisesse) por outra entrada para assistir os outros dois grupos que se apresentariam. A apresentação foi divertida, deu tudo certo mas já ao entrar no camarim começa o festival da falta total de educação, havia uns comes e a cena que se seguiu foi semelhante à um ataque daqueles esfomeados que vemos na TV aos caminhões de ajuda humanitária da ONU, as coisas desapareceram em segundos. Essa cena eu relevei, afinal as Universidades de preço popular garantem o acesso à um diploma, mas nunca à educação e só em casos pontuais à instrução, as pessoas que à elas chegam vem de gerações lutando por espaço, por sobrevivência e a voracidade já está quase impressa no DNA. Bem, passado esse momento, voltamos para o auditorio, sentamos,  a apresentação do outro Coral começou e duas figuras atrás de mim resolveram botar o assunto em dia e começaram um animado papo. Eu dei uma olhada pra trás pra ver se se tocavam, outra, uma terceira e nada, não resisti mais e decidi falar:
-Meus amores, vamos respeitar o grupo que está lá na frente, eles nos ouviram,  e eu não estou conseguindo prestar atenção com a conversa aqui atrás.
Aí que acontece o pior, vejam a reação das pessoas:
-Que horror, ele tá escutando a nossa conversa!
-A gente aqui "quieta" conversando e ele ouvindo tudo que falamos!
Ao invés de se tocarem que estavam tagarelando em local totalmente impróprio, desrespeitando as pessoas que estavam se apresentando e as que queriam ouvir, as duas figuras ficaram indignadas porque eu estava ouvindo a conversa delas e não pensem que pararam, nada disso, apenas continuaram em tom mais baixo para que eu não pudesse "entender". Fala sério né gente, tem hora que dá vontade de morrer e nascer de novo de preferência de um ovo abandonado ao sol no meio do deserto.... Fico pensando, onde vamos parar nesse mundinho que cada um olha o seu lado e os outros que se danem.... Para, para tudo que eu quero descer.