terça-feira, 8 de outubro de 2013

Diálogos possíveis, mas improváveis.

Esse é um post vivo, que vai ser atualizado muitas vezes, sempre que essa Salsicha sapeca tiver um novo insight, a idéia é que você imagine o contexto em que cada micro diálogo acontece, divirtam-se.

-Eu tenho gostos peculiares, você não entenderia.
-Pode transar com outras mulheres, seu bocó, eu não ligo, também pego geral.

-Você tem carro?
-Tenho.
-Por que você não vende e faz uma plástica?

-Você gosta de Japonês?
-Gosto.
-Meu bilau é igualzinho.

-Você deveria se vestir melhor.
-Você me contratou para trabalhar ou para desfilar?

-Do que você gosta no café da manhã?
-De silêncio.

-Vou ali ver se vejo alguma coisa pra ver.
-Ahn?

-Você assistiu Amor & Sexo ontem?
-Não, eu fiz.

-Você tem WhatsUpp?
-Não, eu tenho dinheiro, serve?

-O que você sente por mim?
-Raiva.

-Você tá com sono?
-Não, não, eu bocejo quando estou com tesão.

-Queria te ver.
-Eu também, só que em Braille.

-Tenho duas coisas pra te dizer, e uma pode não lhe agradar: -A primeira é que eu sou gay.
-Imagina, eu não tenho preconceito nenhum cara, relaxa.
-E a segunda é que eu te acho uma gracinha.

-Nossa, mas isso é muito antigo!
-Antigo é aquilo que teu pai fez com tua mãe, no modo moderno ia pra um saquinho e não teria nascido uma anta feito tú.

-Você nunca vai encontrar ninguém igual a mim!
-A ideia é justamente essa!

- Meu foco principal é sempre atingir o meu objetivo.
-Jura?

-Puxa quanto tempo que a gente não se vê né?
-Eu aguento mais...

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O xaveco ao decorrer da vida.

Aos 20 você tem que arranjar um carro, descolar grana pra sair, grana pro motel caso role, convencer a garota a sair com você, levá-la  pra balada, beber, manter o assunto rolando, xavecar no meio daquele barulhão, convencê-la a ir pro motel e finalmente transar.

Aos 30 você já tem carro e dinheiro pro motel, é mais fácil convidar a mulher pra jantar, e ela aceita, ela fala mais que você, normalmente você não tem dificuldade a convencê-la de ir pro motel.

Aos 40 você já tem casa, não precisa convidar, ela que te liga, vem pra sua casa sabendo que vai transar e traz uma pizza.

Aos 50 você tem casa, tem carro, tem dinheiro e tem mulher te ligando, só não tem vontade de transar.


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Meias verdades

Uma vez assisti o filme Corra Forrest Corra, e o personagem principal do filme, um gênio, não como o Salsicha que só sabe reclamar, mas um gênio mesmo, usava sempre as meias do lado avesso e quando alguém perguntou a razão ele disse: -É porque as meias são mal feitas as costuras ficam do lado de dentro machucando os pés.
Tirando essa verdade, que a maioria das costuras machucam os dedos, vocês já notaram que temos basicamente três tipos de meia e para mim só uma parece adequada? Há as sociais que são bem fininhas, sempre me pergunto por que?(mas pode haver alguma razão aí, sejamos razoáveis também) Há as esportivas de cano curto que tem uma textura intermediária que me parece correta e as esportivas de cano longo que são sempre muito grossas. Sempre fico procurando uma que tenha a mesma textura da esportiva de cano curto mas com cano longo e não encontro, será que existe alguma razão para as meias esportivas serem tão grossas? Se me disserem que as esportivas são para a prática de esportes (sério?) e por isso são mais grossas, não vão me convencer, 99% das pessoas usam meias com tenis a maior parte do tempo e não praticam esporte e geralmente para praticar esporte, por usar shorts usam meias de cano curto, que por sua vez  são mais finas que as esportivas de cano longo, ou seja, Salsicha chega a conclusão que  a meia esportiva grossa de cano longo não tem a menor razão de existir e pra piorar não temos opções... Acordem fabricantes...

Sasicha metendo o bedelho no mundo das duas rodas.

A irrequieta Salsicha como alguns leitores freqüentes deste blog fantasma devem saber, é uma aficionada das motocas e não  se conforma com as burradas estratégicas cometidas pelos fabricantes. Temos uma infinidade de marcas e modelos, mas quem domina o mercado mesmo são Honda, Yamaha e Suzuki com modelos de estilo e cilindrada parecida e cometendo quase todas  erros estratégicos também parecidos.  As motos partem das 125cc a R$ 5.000,00, temos as intermediárias de 250cc a R$ 11.000,00 e daí pulam pra 600 cilindradas com preço em torno de R$ 30.000,00 será que não está na hora de alguém perceber que tem um mercado aí de 400/500cc em torno de R$ 20.000,00 até R$ 23.000,00 que não está sendo atendido?  A Honda tinha a CB 500 que custava R$ 18.000,00 e foi substituída pela Hornet 600 que custa R$ 33.000,00, a Yamaha tinha a Dragster 650 que custava R$ 23.000,00 e foi substituída pela Midnight 950 custando R$ 33.000,00, a Suzuki tem uma 150, depois pula direto pras Bandit 650 e Boulevard 800 que custam em torno de R$ 33.000,00 e daí só pra 1100 que nem vamos tratar aqui já que não tem preço nem venda popular, detalhe,  eles tem uma 250cc ótima que há anos prometem trazer e nada, tiraram a Savage 650 que custava R$ 18.000,00 de linha pra substituir por nada já que a Boulevard é quase o dobro do preço com apenas 150 cc a mais. É muita burrada e muito consumidor insatisfeito, ta na hora de alguém botar a boca no mundo.  Talvez essa voz de pregador do deserto precise contar uma coisa para os gênios da engenharia e toupeiras dos negócios: Uma moto de 125 a 150cc é para trabalho urbano, uma moto de 250cc é para lazer urbano e eventuais pequenas viagens. Uma moto de 400 ou 500cc é perfeita para viagens com uma pessoa só ou duas eventualmente e motos de 650 a 800 cilindradas  são perfeitas para viagens com garupa o resto é reinvenção da roda, então o apelo é: parem de inventar o que não precisa e se apliquem no que o mercado pede, motos de cilindrada e preço médio, simples assim.  

quinta-feira, 28 de março de 2013

Atitude é tudo


Hora da Salsicha desenferrujar a pena, e faz tempo que ela não entra em ação. É apenas um post rápido mas com uma idéia importante.

Você coloca um terno xadrez, um All Star preto, uma calça jeans velha e sai à rua, se você andar encolhido é um mendigo, se você estufar o peito e olhar as pessoas nos olhos, no dia seguinte tem alguém vestido igual você e provavelmente pagou caro pelas peças.  Você fala uma coisa que tem absoluta certeza, mas a sua voz tem um que de timidez ou insegurança, ninguém acredita. Você fala uma tremenda abobrinha mas com a voz firme e olha nos olhos do seu interlocutor, no dia seguinte a pessoa já falou pra mais três e ainda espalhou que você é um entendido.

Sem alongar muito, que pra bom entendedor meia palavra basta, você é aquilo que aparenta ser, atitude é tudo. 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

É muito sol na cabeça...





Ah as operadoras de telefonia, sempre fornecendo assunto para este blog, preciso fazer um agradecimento especial qualquer hora dessas.

O comercial é bonitinho, o trem remete à futuro, à rapidez, a trilha sonora é agradável, “Você pega o trem Azul, o sol na cabeça” o trem azul remete ao logo da Tim, mas epa!!! O que esse “sol na cabeça” ta fazendo aí??? Tudo bem, vocês podem dizer que a Salsicha é chata demais, mas alguém pode me explicar o que o “sol na cabeça” representa aí no comercial? Hein? Hein? Hein? 
Acho que sol na cabeça tomou quem aprovou o comercial.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O que vi da vida.


Já estou chegando na idade que os mais jovens começam a tirar sarro, achar quadrado, e tenho alguns amigos que quando a conversa entra na questão idade, se sentem mal. Eu parei pra pensar no assunto, formar minha opinião sobre, e cheguei à conclusão que não me sinto mal com o peso dos anos, nasci em uma época de mudanças muito interessantes parodiando um livro de Eric Hobsbawn eu diria que minha jornada até aqui pode ser intitulada como “Tempos Interessantes”.
Nasci na longínqua década de 70, mas o que posso contar como experiência que vi já como ser pensante é a partir de 88 / 89, a ditadura tinha acabado de morrer e nela não se falava, mas ainda tinha como filhote o medo que as pessoas tinham de se expressar, as músicas que continham palavrão recebiam um sinal sonoro em cima quando tocavam nas rádios.
Não existia a internet, então o que a garotada tinha de acesso à pornografia era só através das revistinhas de fotonovelas compradas por alguém mais velho da turma, ou então na Sexta Sexy ou no Cine Privê da rede Bandeirantes de TV, respectivamente na sexta e sábado depois da meia noite e olha que só aparecia um peitinho e a garotada já achava uma festa.
A TV era muito chata, programação limitadíssima, os desenhos eram medíocres, então poucas crianças perdiam tempo com eles, o negocio era ir à escola e pensar qual ia ser a brincadeira da tarde, que acontecia na rua, com outras crianças, sem o acompanhamento de nenhum adulto, na verdade a gente sumia e as mães só sabiam que estávamos vivos quando aparecíamos para as refeições, no máximo alguma preocupada dava um grito na janela de quando em quando para ver onde as crianças brincavam, durante o dia era taco, futebol, bolinha de gude, pião, pipa e, a noite,  quando as crianças voltavam para a rua depois do banho e janta, as brincadeiras eram mais amenas, esconde-esconde, passa anel, berlinda, e aí se formavam muitos casaizinhos. Vídeo game foi uma revolução que eu nem cheguei a acompanhar porque quando eu era adolescente foi lançado o Atari, mas não cheguei a me interessar muito por ele, logo não acompanhei também o que veio depois, gostava apenas de jogar naquelas maquinas de fliperama que se botavam fichas de metal, a carteirinha de moedas da minha mãe foi assaltada muitas vezes para esse fim.
Música ainda era no vinil, e caro, poucos tinham acesso aos discos, então o negócio era gravar em fita cassete diretamente do rádio, era super descolado levar uma fita sua  personalizada para tocar na casa dos amigos, essa época o rock nacional produzia muita coisa boa, estavam estourando: o Ultrage a Rigor, Biquíni Cavadão, Blitz, Ira, logo depois viriam os Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Capital Inicial e os Titãs, que chegaram trazendo um rock mais pesado, fazendo muita gente pesquisar o gênero, lá fora rolavam os clássicos que até hoje são clássicos, Beatles, Stones, Deep Purple, Led Zeppelin, AC/DC,  Aerosmith. No final dos anos 90 chegou a Dance Music, encerrando a era Disco da qual eu pouco participei, os pioneiros Snap, Technotronic,  Information Society, C+C Music Factory e logo uma enxurrada que não lembro mais os nomes faziam a cabeça da garotada que ia para os bailes nos colégios ou nas primeiras danceterias, que além do noturno ofereciam também matinês para a galera mais jovem. O curioso é que nesses lugares se ia exclusivamente para dançar, só uma ou outra tinha bar e as cenas das pessoas caindo de bêbadas tão comuns hoje eram raras, uma outra diferença que lembro era o horário, as pessoas saiam para dançar as oito e pouco depois da meia noite as casas fechavam, os bailes encerravam. Os relacionamentos também eram um pouco diferentes dos atuais, o ficar não existia, então você podia até conhecer uma garota em um baile, mas ia namorar com ela pelo menos algumas semanas ou em alguns casos, para sempre.
Quando tinha 14 anos ganhei em um sorteio de supermercado o meu primeiro toca CD, que era um aparelho à parte, conectado ao Três-em-um, um aparelho que tinha esse nome por tocar vinis, cassetes e rádio, o primeiro CD que comprei foi o Daniel na cova dos Leões, da Legião Urbana e depois foram muitos, tenho mais de 200 cds.
Mais dois anos e chegou o computador, primeiro tive contato na escola, estava então no colegial, hoje chamado ensino médio, depois meu pai comprou um para nós, mesmo assim era lerdíssimo e a Internet só viria a se popularizar anos depois. Com linha discada, vídeo era impensável, mesmo uma foto demorava alguns minutos para carregar nos modens de 56k que faziam um barulhinho bem característico ao conectar, a gente dizia que era uma panela de pressão e um gato.
Em 1996 entrei para a faculdade e no mesmo ano comecei a trabalhar, a infância acabava de vez, um pouquinho antes acontecia um fato que também vale destacar já que a garotada de hoje não faz a menor idéia de como era conviver com isso, após o governo militar que encerrou lá no começo dos anos 80, ainda assim só em 89 que tivemos a primeira eleição direta para presidente, deixou o saldo da hiperinflação,  os preços subiam todos os dias praticamente, as pessoas tinham que receber o salário e correr para comprar tudo que precisavam pois no mês seguinte as mesmas coisas já estariam 80% mais caras, era uma loucura, tinha que haver uma despensa enorme em casa e até carne se comprava e congelava para um mês todo, só em 1994 o Plano Real deu fim a essa insanidade, tornando a moeda no mesmo patamar do dólar e depois sofrendo pequenas desvalorizações até chegar no patamar que é hoje.
Os automóveis também merecem uma menção especial na minha história,  é incrível como a indústria se desenvolveu e como o perfil do consumidor mudou, o sonho de todo garoto dessa época era o Chevrolet Opala 6cc ou o Ford Maverick. Os primeiros carros a que tive acesso eram os Volkswagen, naquela época (1993/1994) o sucesso era o gol, e o interessante é que eram carros extremamente desconfortáveis, porém com grandes motores, o que fazia a cabeça da garotada era acelerar. Conforto era frescura: ar condicionado, travas, direção hidráulica, isso era coisa de velho, mas os motores 1.8 e 2.0 usados então, levavam os bólidos aos 200km/h facilmente, e não havia os malditos radares fotográficos, então multa era só se o guarda pegasse você. Lembro de um golzinho 1.8 de 1991 que foi o primeiro que meu pai liberava pra mim após a habilitação, eu passava de segunda para terceira marcha a 80km por hora e o esporte favorito era ver o ponteiro do velocímetro cruzar a marca dos 200/h, tarefa impensável nos nossos confortáveis 1.0 com ar condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas atuais.
Outra revolução que eu vi desde o nascimento foi o celular, diz a historia que o primeiro celular no Brasil começou a operar em 1990, mas até 1996 era para muito poucos, só havia a Telesp como operadora, uma linha custava três mil reais, o serviço também era caríssimo e só com a chegada da BCP, hoje Claro,  em 1998 que o celular se popularizou, mesmo assim os aparelhos eram enormes, pesados e só realizavam chamadas e mensagens de texto. Nem é preciso dizer quanta coisa vi mudar neste campo.
E finalmente a grande invenção que separou a historia em antes e depois dela: a internet em banda larga, sua popularização começou nos idos de 2003 / 2004 e de lá para cá foi uma explosão, todo mundo se tornou dependente, e aí vieram as redes sociais, e depois a internet se juntou com os celulares  e então nada mais foi igual. Hoje onde olho tem alguém jogando, assistindo, navegando ou trocando mensagens no celular, as pessoas já quase nem olham mais para o lado, hipnotizadas pelo aparelhinho mágico.
Bom? Ruim? Não sei ainda definir, nem quero ser conclusivo, mesmo porque espero viver ainda mais um pouquinho, mas posso dizer que gostei de ver toda essa revolução acontecer, entender de onde tudo partiu, participar dela, isso definitivamente não faz me sentir velho, me sinto privilegiado e curioso com o que ainda virá.